cover
Tocando Agora:

Fraude no CNU: quem é quem em família suspeita de vender aprovações por até R$ 500 mil

Como era o esquema familiar que cobrava até R$ 500 mil por cargo público Uma operação da Polícia Federal desmantelou um esquema de fraudes em concursos pú...

Fraude no CNU: quem é quem em família suspeita de vender aprovações por até R$ 500 mil
Fraude no CNU: quem é quem em família suspeita de vender aprovações por até R$ 500 mil (Foto: Reprodução)

Como era o esquema familiar que cobrava até R$ 500 mil por cargo público Uma operação da Polícia Federal desmantelou um esquema de fraudes em concursos públicos que funcionava como um negócio familiar. No centro da investigação está a família Limeira, de Patos, na Paraíba, que teve ao menos três integrantes aprovados no Concurso Nacional Unificado (CNU) e agora é suspeita de integrar uma quadrilha que vendia aprovações por até R$ 500 mil. O grupo era chefiado por Wanderlan Limeira de Sousa, ex-policial militar expulso da corporação, apontado como o articulador das fraudes. Segundo a PF, ele comandava a logística das provas, distribuía gabaritos e até se inscrevia em concursos para demonstrar a “eficiência” do método. Wanderlan chegou a ser aprovado para auditor fiscal do trabalho, o cargo mais disputado do CNU. A família Limeira montou uma estrutura criminosa organizada, em que cada integrante tinha uma função específica: enquanto Wanderlan negociava vagas e comandava o esquema, os irmãos e o filho cuidavam da parte técnica das fraudes, repassando gabaritos e orientações aos candidatos. Já as mulheres da família atuavam na ocultação de dinheiro e na “vitrine” do negócio, exibindo aprovações para atrair novos interessados. Veja quem é quem no esquema: Wanderlan Limeira de Sousa: ex-policial militar e líder do esquema; Valmir Limeira de Souza: irmão de Wanderlan, também aprovado no CNU; Antônio Limeira das Neves: irmão de Wanderlan e Valmir, articulava pagamentos e orientava a filha durante a prova; Geórgia de Oliveira Neves: esposa de Antônio e mãe de Larissa, suspeita de ocultar dinheiro vivo; Larissa de Oliveira Neves: filha de Antônio e Geórgia, sobrinha de Wanderlan e Valmir; usada como “vitrine” para atrair novos interessados; Wanderson Gabriel de Brito Limeira: filho de Wanderlan, responsável pela parte técnica das fraudes e interlocutor do pai nas interceptações. A PF afirma que o grupo usava dublês, pontos eletrônicos implantados e até médicos cúmplices. As provas da família apresentaram gabaritos idênticos, coincidência cuja probabilidade equivale a ganhar a Mega-Sena quase vinte vezes seguidas. Outros envolvidos incluem um PM, dono de clínica suspeita de lavagem de dinheiro, e um especialista em fraudes com histórico de participação em mais de 67 concursos. Máfia dos concursos Juan Silva e Dhara Pereira/ g1